A “Mulher Macaco”

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Julia Pastrana (1834-1860) ficou conhecida no século XIX como a “Mulher Macaco” e virou atração circense que atraiu grande público. Mexicana de origem indígena, Julia Pastrana sofria um avançado estado de hipertricose – doença até então desconhecida -, o que causou uma grande profusão de pelos pelo corpo, além de deformidades em seu rosto, dando-lhe uma feição simiesca (ainda levando-se em conta o fato de que media uma baixa estatura para uma mulher adulta: cerca de 1,30m).

Julia realizava apresentações e chegou a construir uma carreira na Europa. Ela exibiu talento como cantora de óperas, realizava passou de danças e costurava as roupas utilizadas em suas apresentações e números especiais. Teve um filho com seu empresário, contudo a criança (que nasceu com a mesma doença da mãe) sobreviveu poucas horas. Julia morreu dois dias após a morte do filho em decorrência de complicações do parto e os corpos da mãe e do filho foram mumificados para que pudessem ser exibidos como atração, rendendo arrecadação de ingressos e lucros a partir do interesse do público pela contemplação com curiosidade mórbida pelo aspecto “exótico” e “incomum” da mulher e do bebê “macacos”.

Hoje os cadáveres estão sob a guarda de uma instituição norueguesa, mas não são objetos de exibição pública. Grupos e instituições ligadas à Igreja Católica no México reivindicam o envio dos cadáveres ao país de origem de Julia Pastrana, que em vida era seguidora do catolicismo, religião na qual fora batizada. Estas entidades defendem o sepultamento segundo os ritos cristãos.

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