A humanidade vem cultivando um longo e perigoso apelo para o conflito armado e destrutivo. Desde as organizações tribais à sociedade tecnológica contemporânea, a destruição e brutalidade violenta das guerras é uma manifestação humana inquietante e persistente.
Pensadores se debruçaram sobre a intrigante relação entre o homem e a guerra em busca de uma compreensão. Na China do século VI a.C., o estrategista Sun Tzu via a guerra como uma prática que ia além do confronto físico, sendo um exercício de estratégia, inteligência e capacidade de domar as emoções, um campo para atuação da sabedoria e da habilidade. O italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) associava a guerra ao exercício do poder, sendo uma realidade inescapável que poderia ser empregada como instrumento político em favor das causas corretas que proporcionassem a grandiosidade do Estado. O britânico Thomas Hobbes (1588–1679) argumentou que esta inclinação para a guerra era uma manifestação da própria natureza humana, pois em sua existência “solitária, pobre, sórdida, brutal e curta” o homem caminhava para a destruição, tendo como recurso para detê-lo apenas a imposição da ordem e da autoridade de um governo que consiga superar a predisposição conflituosa que a sociedade manifesta. Apesar de suas perspectivas diferentes, o ponto comum entre os argumentos dos três estava a aceitação da guerra como algo próprio da experiência humana, uma inclinação inevitável e fatalista a respeito do fato de que as sociedades viverão em conflito. Diante de uma posição mais otimista, o iluminista alemão Immanuel Kant (1724–1804) achava possível superar a guerra por meio da paz perpétua, que seria um grande esforço de cooperação entre as nações fundada na razão e na moralidade, prescrevendo uma série de transformações necessárias para gerar um amplo contexto de pacificação, envolvendo reformas sociais, legais, comerciais e institucionais.
Na longa trajetória beligerante da humanidade, desponta ainda a mitificação de agentes diretamente envolvidos nos confrontos: os combatentes. A mística em torno dos guerreiros é presente em diversas culturas, povos e épocas, forjando um arquétipo como representação da figura protetora, heroica, corajosa, forte e desafiadora que merece ser celebrada, honrada e se apresenta como exemplo. Guerreiros também podem se identificar com a condição de liderança, podem estar associados a virtudes consagradas nas culturas que dedicam um relevante status a quem atua nas guerras provando que possuem valores que merecem reconhecimento. Não é por acaso que feitos notáveis de guerreiros memoráveis sejam tão ressaltados e registrados como atos de grandeza e frequentemente de sacrifício. Em certo aspecto, a celebração aos guerreiros concilia a brutalidade da guerra com a consagração de sentimentos em torno delas.
Confira a seguir uma variada relação de grandes guerreiros históricos:
- Barbarossa: O Almirante Otomano que Aterrorizou a Europa
- Hangaku Gozen e o Papel das Mulheres nas Guerras Japonesas
- Harald Cabelo Belo, o Rei Viking que Unificou a Noruega
- Vlad, o Empalador: Quem Foi o Príncipe que Inspirou Drácula?
- Os Hospitalários: A Ordem Medieval que Chegou ao Século XXI
- Mai Bhago, a guerreira dos sikhs
- Maria Felipa, uma heroína popular da Independência do Brasil
- O soldado francês de origens modestas que virou rei da Suécia e Noruega
- Tsuruhime, a Sacerdotisa Guerreira
- Carlota Lucumí e a rebelião dos escravos em Cuba
- William Marshal, um elevado exemplo de cavaleiro medieval
- Armínio, o comandante bárbaro que limitou o avanço de Roma
- Laskarina Bouboulina, Herorína da Independência da Grécia Moderna
- Tamerlão: O Poder e o Terror do fundador do Império Timúrida
- Teuta, a Rainha da Ilíria que Recusou a Autoridade de Roma
- William Wallace, o Herói Escocês
- A Vingança da Rainha Tomyris
- Frederico I Barbarossa, um notável imperador medieval
- Pingyang, A Princesa Guerreira da China
- Manco Inca Yupanqui e a Resistência do Império Indígena
- Genghis Khan e o desenvolvimento do Império Mongol
- Odoacro, o líder bárbaro que derrubou o Império Romano e virou rei da Itália
- Rani Rudrama Devi, a primeira rainha guerreira da Índia
- Ricardo Coração de Leão: Um Rei Ausente e um Guerreiro Presente
- Constantino XI e Mehmed II na batalha final por Constantinopla
- Nadezhda Durova, a dama que se tornou soldado e decidiu viver como homem
- A Indomável Freydís Eiríksdóttir
- Ivar, o Desossado: Um Guerreiro Viking entre a Lenda e a História
- Gudit, a rainha guerrreira que derrubou um império
- Enriquillo, líder indígena contra o domínio espanhol
- Harald Hardrada, o último grande rei Viking
- Entre a História e a lenda: Quem foi Sun Tzu?
- Olaf II, o rei viking que virou santo católico
- Fu Hao, a nobre guerreira e sacedotisa que virou deusa na China Antiga
- Black Caesar, o temido pirata africano
- Boudica, a resistente rainha celta
- François L’Olonnais, o mais sanguinário e astucioso pirata francês do século XVII
- As guerreiras Irmãs Trưng: Rebelião e heroísmo
- Os Piratas Cilícios: Ameaça nas águas do Mediterrâneo Antigo
- Aníbal, o ousado general de Cartago que enfrentou Roma
- Galvarino, o guerreiro que teve as mãos decepadas e continuou lutando
- Hoplitas, os soldados da Grécia Antiga
- Vândalos: De nômades a conquistadores
- Vercingetórix, o símbolo gaulês de desafio a Roma
- Ṭāriq ibn Ziyād, o ex-escravo muçulmano que conquistou a Península Ibérica
- Rani Lakshmibai, a rainha guerreira contra o Império Britânico
- El Cid, um dos mais notáveis cavaleiros da Idade Média
- Musashi: O samurai duelista que nunca foi derrotado
- Berserkers: Os indomáveis e alucinados guerreiros vikings
- Artemísia I, a rainha que viveu para a guerra e morreu por amor
- A Era dos Gladiadores de Roma
- Grace O’Malley: A rainha pirata que desafiou a rainha da Inglaterra
- Átila: O Flagelo de Deus
- Dias de Resistência: A saga de Henrique Dias contra os holandeses
- Joana D’Arc: A guerreira divina da França
- Sundiata Keita: O Fundador do Império do Mali
- Clara Camarão: Uma guerreira indígena na guerra contra os holandeses
- Saladino, o Sultão Cavalheiro
- “Ai dos Vencidos!”: Breno, o terror dos romanos
- As guerreiras Ahosi do Reino de Daomé
- Ninjas, guerreiros das sombras
- Filipe Camarão, o comandante militar indígena que virou cavaleiro do Império Português
- Calabar: Um traidor?
- Bà Triệu, a indomável guerreira vietnamita do século III
- Bíawacheeitchish, a guerreira e cacique de dois espíritos
- Lempira, capitão de guerra do Povo do Jaguar
- Zumbi dos Palmares
- Gladiatrix – Mulher na arena romana
- A Batalha dos Trinta
- Donzelas de Escudos: As guerreiras vikings mais comuns nas produções midiáticas do que nas evidências arqueológicas
- A bela e mortal samurai Tomoe Gozen
- Alexandre o Grande: O conquistador que mudou a História
- A vingativa pirata medieval Jeanne de Clisson, a Leoa da Bretanha
- Lautaro, um líder indígena que abalou o domínio espanhol
- Sirma Voyvoda, a comandante rebelde
- Khutulun, a princesa lutadora
- Amina de Zaria, a rainha guerreira
- Nem Ragnar nem Ivar. O Viking mais poderoso de todos foi Hrólf (Rollo)!
- Jack Cornwell, o adolescente que virou herói da Primeira Guerra Mundial
- Grutte Pier – o gigante guerreiro camponês
- Os Guerreiros Águia – A “Tropa de Elite” asteca
- As Cruzadas – o renegado Renaud de Châtillon
- Os Cavaleiros Templários

