O Berço ou Cadeira de Judas era um dispositivo em formato piramidal feito de madeira sobre o qual ficava exposta a vítima, que era amarrada, suspensa e progressivamente baixada até que o ânus, a vagina ou testículos entrasse em contato com a ponta do instrumento. A intensidade da dor infligida pelo sistema de tortura poderia ser alterada de várias maneiras: A vítima poderia ser balançada sobre a pirâmide, repetidamente deixada cair sobre o dispositivo, poderia ter azeite espalhado sobre a pirâmide para proporcionar um deslizamento no contato com a pele ou ainda poderiam ser utilizados pesos de latão presos nas pernas do(a) infeliz que viesse a ser submetido(a) a este horror.
Era comum deixar a vítima suspensa sobre o aparato torturante durante uma noite inteira para prolongar o sofrimento até que as seções com movimentos e contatos fossem reiniciadas no dia seguinte – a agonia poderia se estender por vários dias. O aparelho geralmente não era submetido a limpeza e as vítimas não morriam necessariamente em decorrência de ferimentos sofridos, mas podiam contrair infecções motivadas pelo tempo prolongado de contato com dispositivo. Sempre que a vítima desmaiava de dor, o torturador a erguia até que voltasse a despertar e novamente para que fosse retomado o processo. Além da dor agonizante, a humilhação era outro fator de “utilidade” do aparelho, além do justificável desespero que significava a mera ameaça de uso do equipamento.
O Berço de Judas foi utilizado pela Inquisição em vários países diferentes e possuía nomes variáveis em cada lugar. Na Itália, ele era conhecido como “Culla di Giuda”, na Alemanha “Judaswiege”, e na França “La Veille”, mas foi na Espanha que seu uso foi mais praticado.
Sou masoquista e ler isso pra mim e normal afinal a dor precisa ser sentida…Mesmo assim adorei