OTÁVIO

Gaius Octavianus nasceu em 23 de setembro de 63 a.C., filho do pretor Gaiuus Octavius e de Átia, sobrinha de Júlio César. Aos 18 anos, acompanhou César na campanha contra os filhos de Pompeu na Espanha. Em seu posto como comandante da 10a Cavalaria, o jovem teve papel decisivo na vitória, o que lhe valeu a atenção do tio-avô. Na volta para Roma, César ensinou-lhe os caminhos da política e do populismo. Em pouco tempo, Otávio foi enviado à Macedônia para continuar seus estudos. César adotou oficialmente o jovem e ambos iriam partir em campanha contra o Império Persa. Mesmo nunca tendo ocupado nenhum cargo público e ainda com menos de 20 anos, Otávio já tinha assegurado a segunda maior posição em Roma.
Com a morte de Júlio César em março de 44 a.C, Otávio voltou da Macedônia para garantir sua herança: três quartos das posses de César. Mas haveria mais, caso ele conseguisse a simpatia do povo e das legiões. O processo de aproximação ao poder foi tenso, com Marco António tentando ignorar a presença de Otávio em Roma. A partir de abril, Otávio passou a usar o nome Gaius Julius Caesar. No mesmo ano, ele ainda descobriu que sua amada, Livia Drusilla, havia se casado com Tiberius Nero, com quem teria um filho, Tiberius.
O Senado pendeu para o lado de Otávio, acreditando que o jovem seria facilmente manipulado. Para os senadores, o verdadeiro perigo para a República era Marco António e, embora ele e Lepidus estivessem reunindo legiões na Espanha enquanto Agrippa e Maecenas, amigos de Otávio, reuniam tropas na Macedônia, a guerra não era de interesse de ninguém.
O Segundo Triunvirato dividiu os territórios romanos entre Otávio, Marco António e Lepidus, dando aos três o status de ditadores e poder para sobrepujar o Senado a qualquer momento. Como prova de poder, o trio promoveu um expurgo, votando pela volta das temidas proscrições, assinando a sentença de morte de 300 senadores e milhares de outros cidadãos por motivos que iam de oposição política a simples confisco das posses dos condenados. O golpe final foi a morte de Brutus e Cassius, assassinos de César, nas batalhas de Philipi. A derrota deles foi o último suspiro da República Romana.
Em Roma, Lepidus usou seu cargo como Pontifex Maximus para declarar Júlio César um deus, o que levou Otávio a se auto-intitular “O Filho de Deus”. Os ânimos entre Marco António e Otávio eram apaziguados por Lepidus. Mesmo em meio a disputas entre os membros do Triunvirato e elementos externos, como Sextus Rompeu, e a preparação da campanha contra os persas, a reputação de Otávio era cada vez maior. Seu primeiro golpe contra o Triunvirato foi no elo mais fraco. Após a vitória sobre as forças navais de Sextus e a tomada da Sicília, Lepidus tentou assimilar as forças vencidas. Para Otávio, essa foi a deixa para destituí-lo do poder e tomar suas 18 legiões.
Na Roma Antiga, o termo latino Pontifex Maximus (“Sumo Pontífice”) designava o sumo sacerdote do colégio dos Pontífices, a mais alta dignidade na religião romana. Até 254 a.C., quando um plebeu foi designado para o cargo, somente patrícios podiam ocupá-lo. De início um posto religioso durante a República, foi gradualmente politizado até ser incorporado pelo imperador, a partir de César Augusto.
Cônsul (do latim consule) era o magistrado supremo na república romana. Na república romana, em número de dois, os cônsules eram os mais importantes magistrados; comandavam o exército, convocavam o Senado, presidiam os cultos públicos e, em épocas de “calamidade pública” (derrotas militares, revoltas dos plebeus ou catástrofes), indicavam o ditador que seria referendado pelo Senado e teria poderes absolutos por seis meses.Durante o Império Romano, o consulado, despido de poderes reais, tornou-se uma magistratura puramente honorífica e que exigia gastos enormes na realização de jogos, mas ainda abria caminho para certos cargos efetivos, como o exercício de certos governos provinciais (proconsulado). Com a divisão do Império, os cônsules (que continuavam a dar nome ao ano), passaram a ser cada um escolhido por um dos imperadores (o do Ocidente e do Oriente), até que Justiniano aboliu a magistratura em 541 da era cristã.
Pax Romana, expressão latina para “a paz romana”, é o longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano. Iniciou-se quando Augusto César, em 29 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte de Marco Aurélio, em 180.
Em 36 a.C., vários fatores levavam a uma iminente guerra entre Marco António e Otávio. O primeiro, ainda casado com a irmã do segundo, teve um filho com Cleópatra e passou a dominar o leste romano. A idéia era colocar os herdeiros no poder, mas Otávio consolidou sua popularidade no resto dos territórios, criando uma imagem anti-romana de Marco Antônio.
Sabiamente, Otávio declarou guerra a Cleópatra, esperando que António fosse ao auxílio da amada. Ao mesmo tempo em que a guerra se anunciava e os exércitos se posicionavam, Otávio atrasava seu início manobrando a armada naval e ganhando mais apoio do Senado. Encurralado, Marco António tentou furar o bloqueio marítimo, mas foi derrotado sumariamente na Batalha de Actium. Em terra, seus exércitos se renderam. Após 20 anos de guerra civil, Otávio, finalmente, era o único soberano político de Roma.
Cleópatra VII Thea Filopator (Alexandria, Dezembro de 70 a.C. ou Janeiro de 69 a.C. – 12 de Agosto? de 30 a.C.) foi a última farani (feminino de faraó) e rainha da dinastia ptolomaica (oriunda da Macedônia) que dominou o Egito após os gregos terem invadido aquele país. Era filha de Ptolomeu XII e de mãe desconhecida. O nome Cleópatra é grego e significa “Glória do pai”; o seu nome completo, “Cleópatra Thea Filopator” significa “A Deusa Cleópatra, Amada de Seu Pai”. É uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e um dos governantes mais famosos do Antigo Egipto, sendo conhecida apenas por Cleópatra, ainda que tivessem existido outras Cleópatras a precedê-la, que permanecem desconhecidas do grande público. Nunca foi a detentora única do poder no seu país – de fato co-governou sempre com um homem ao seu lado: o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde por sugestão de Júlio César, então seu amante) e, depois, com o seu filho. Contudo, em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, mantendo ela a autoridade de fato.
Otávio percebeu que a República Romana estava no fim, mas não se deixou levar imediatamente pelas honrarias da vitória. Em um trabalho contínuo de reconstrução e confiança, serviu como cônsul de 31 a 23 a.C. No campo militar, os laços de lealdade foram reformados, com o Estado mantendo 28 legiões próprias. Em 27 a.C., ele usou uma estratégia inédita. Declarando estar disposto a se aposentar da vida pública, o povo e o Senado em coro pediram que ele reconsiderasse. Sua saída poderia causar sérios distúrbios e guerras civis. Com isso, novos poderes e um outro título foram concedidos: Augustus. Otávio passou a ser chamado de Imperator Caesar Augustus. É bom lembrar que o título “Imperator” não é o mesmo que “Imperador”. O primeiro era um título mais similar a “Comandante”. Outras honrarias sucederam-se, como Princeps, que o colocava acima de todos os cidadãos romanos e, com a morte de Lepidus, Pontifex Maximus. O poder de Augustus era supremo, com direito a veto em qualquer matéria. Em 2 a.C., Augustus também foi nomeado Pater Patríae, o Pai da Pátria, como César.
Augustus promoveu a duradoura Pax Romana por meio de um misto de prudência e audácia. O exército não era mais de propriedade privada ou sujeito a reveses políticos. O sistema tributário foi reajustado e Roma foi praticamente reformada. As artes foram privilegiadas, a moral foi resgatada e a tranqüilidade civil restaurada. O casamento de Augustus com Lívia durou 52 anos e seu sucessor seria Tiberius. Ele regeu Roma e o Império por mais de 40 anos e, apesar de alguns tropeços econômicos, elevou a prosperidade e manteve a paz como nenhum outro antes ou depois dele.
Augustus e Lívia não tiveram filhos. Do primeiro casamento, ela trouxe Tibério, que foi adotado por Augustus. O rapaz, então, unia duas das mais tradicionais famílias patrícias: Júlia e Cláudia. Os sucessores imediatos de Tibério teriam o nome dos dois clãs, com Calígula (37-41) e Nero (54-68), filhos do primeiro casamento de Julia Caesaris com Nero Claudius Drusus, irmão de Tibério; e Claudius (41-54), filho de Octavia, irmã de Augustus. A dinastia Júlio-claudiana regeu o Império Romano de 27 a.C. a 68.
A DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA
TIBÉRIO (14-37)

Tiberius Claudius Nero nasceu em 16 de novembro de 42 a.C., filho de Tibério Nero e Livia Drusilla. De família tradicional e rica, o futuro de Tibério já estava aliado à vida pública. Quando o garoto tinha apenas 3 anos, sua mãe divorciou-se e casou-se com Augustus, uma paixão antiga. Tibério foi adotado e tornou-se herdeiro do Império Romano. Desde cedo; Augustus impeliu o jovem a posicionamentos e cargos públicos de importância, como na Batalha de Actium, na campanha contra os persas; o questorado aos 17 anos; e o consulado 5 anos antes da idade permitida.
Ao retornar do Oriente, foi eleito cônsul, em 13 a.C. e casou-se com Vipsania Agrippina, filha de Marcus Vipsanius Agrippa, aliado de longa data de Augustus. O casamento, assim como o de sua mãe com Augustus, era baseado em afeto e não só em interesses futuros. Mas, quando Marcus Agrippa morreu, em 12 a.C., Tibério foi obrigado por Augustus a tomar a viúva Julia Caesaris como esposa, em uma união sem amor. As campanhas de Tibério ao lado de seu irmão Nero Claudius Drusus nos Alpes foram bem-sucedidas. Entre 12 e 6 a.C., Tibério comandou as forças de expansão, principalmente na Germânia. Apesar de vitoriosas, as campanhas dele tinham um ranso de tristeza.
Os eventos levavam Tibério cada vez mais ao centro do poder. Se antes da morte de Agrippa, o jovem já era cotado como sucessor de Augustus, naquele momento, casado com Julia, a sucessão era certa. Para surpresa geral, Tibério retirou-se para a ilha de Rodes em 6 a.C., quase como um auto-exílio. Essa atitude colocou-o em desgraça perante Augustus, que, após isso, nunca mais teve o mesmo carinho pelo enteado. É possível que Tibério só tenha escapado de uma execução sumária por conta de sua mãe. Mesmo aceitando-o novamente em Roma, Augustus não planejava mais que Tibério fosse seu sucessor, confiando muito mais nos filhos de Agrippa, Lucius e Gaius Caesar. Mas Lucius morreu em Massilia e, logo em seguida, Gaius Caesar foi ferido mortalmente em combate. Tibério voltou a ser o único nome disponível, mas Augustus não queria dar chance ao destino e adotou também Postumus Agrippa, o último filho de Agrippa, e forçou Tibério a adotar Germanicus. Assim, o Principado estaria assegurado e, talvez, novas tragédias não destruíssem toda a linha sucessória de Augustus.
Por dez anos, Tibério foi o braço direito de Augustus. A morte do soberano em 19 de agosto do ano 14 não foi surpresa e a posse de Tibério, apenas uma conseqüência prevista. O engajamento do novo governante de Roma não podia ser mais insólito. Sendo esta a primeira sucessão após a queda da República, ninguém parecia ter muita certeza de como proceder. Tibério atendeu às solenidades de deificação de Augustus e outras, onde o Senado lhe ofereceu as honrarias devidas a um sucessor de Augustus. Não se sabe se Tibério tentou imitar o padrasto, mas o fato é que o novo soberano refutou algumas das honrarias, como a Pater Patriae e as responsabilidades do principado.
O Senado, sem saber como proceder, tentou contornar a situação enquanto em outros rincões, como as legiões em Pannonia e Germânia, levantavam-se revoltas. Tibério enviou seus dois filhos, Drusus e Germanicus, para resolver os problemas. As legiões pediam a queda de Tibério e a posse de Germanicus, que precisou de muita dissuasão política para contornar a situação. Em um plano mais geral, os primeiros anos de Tibério como regente foram pacíficos. O novo imperador seguiu os passos de Augustus, assegurando os poderes de Roma, expandindo o Império e atendendo aos desígnios do povo e do Senado. Para a população, Germanicus era o melhor sucessor possível, e Tibério parecia concordar, dando glórias e novos postos de comando para o sobrinho em detrimento do filho, Drusus. Mesmo com o apoio explícito a Germanicus, Tibério foi acusado da morte do jovem. Porém, os fatos nunca foram provados.
A partir daí, Tibério desenvolveu uma paranóia constante que o levou à reclusão. Em muito, o mentor desse afastamento foi Lucius Aelius Sejanus, chefe da Guarda Pretoriana, que alimentou Tibério com teorias conspiratórias cada vez mais complexas. É provável que Sejanus tenha planejado a morte de Drusus em 23 e que isso tenha sido o começo do fim da linhagem Júlio-claudiana. O soberano, bastante manipulado por Sejanus, permitiu que o amigo ganhasse cada vez mais terreno na política.
Tibério, que nunca havia demonstrado sede pelo poder, preferiu retirar-se da vida pública em 26, isolando-se na Ilha de Capri e deixando o posto temporariamente nas mãos gananciosas de Sejanus. Enquanto isso, Agrippina, viúva de Germanicus e neta de Augustus, tentava fortalecer seus filhos (Calígula, Nero e Drusus) como sucessores e fazer frente ao usurpador Sejanus.
A ausência de Tibério quase determinou o fim da linhagem Júlio-claudiana. Drusus, Agrippina e Nero Caesar morreram coagidos ao suicídio ou de fome, exilados. Sejanus controlava o acesso do Senado a Tibério em Capri, onde o jovem Calígula lhe fazia companhia. Tibério promovia uma caça às bruxas por toda a cidade de Roma, compelido apenas pelas acusações de Sejanus. O poder de Sejanus e sua manipulação política quase fizeram Tibério nomeá-lo tribuno e co-imperador, mas Antonia Minor, a cunhada viúva de Tibério, despertou o Imperador sonolento em 31, com uma carta denunciando Sejanus. O impostor foi executado antes do final daquele ano. Um expurgo seguiu-se, amplificado pela paranóia de Tibério.
Nos anos finais do reinado de Tibério, foram eliminados vários traidores, fossem eles culpados ou não. Tibério nunca mais pisaria em Roma nos últimos 23 anos de regência e muitos de seus atos seriam descritos depois por historiadores como pífios. Ultimamente, Tibério tem sido resgatado como um regente satisfatório que deu prosseguimento aos desígnios de Augustus, entre eles a não-expansão e a continuidade da Pax Romana. Ele deixou clara sua vontade de que o Império fosse regido em conjunto por seu sobrinho Calígula e seu neto Gemellus.
CALÍGULA (37-41)

Nascido em 31 de agosto de 12, Gaius Julius Caesar Germanicus, ou Calígula, representou o ápice do desleixo com o Império Romano. Enquanto para Augustus era importante manter uma ilusão de que a República ainda tinha certo poder, Tíbério, ao deixar Sejanus subir tanto, foi obrigado a mostrar que seu posto era absoluto para abafar as conspirações.
Outro ponto negativo de Tibério, que despontou explicitamente em Calígula, foi a falta de preparo dos sucessores. O principado, cuidadosamente elaborado por Augustus, preparando os próximos soberanos de Roma, foi relegado ao segundo plano na regência de Tibério, trazendo péssimas conseqüências futuras. A falta de habilidade para governar ficou evidente já nos primeiros anos de Calígula como regente. Ainda garoto, era chamado de “botinhas” pelos legionários acampados na Germânia, que o tinham como mascote. O apelido vinha de seu costume de andar fantasiado de legionário desde criança. Calígula, em latim, significa “pequenas botas do soldado”.
Os curtos quatro anos de Calígula no poder foram documentados e mostram, principalmente, caprichos e sandices que o fizeram conhecido como um completo déspota. Cruel e indigno de confiança, colocou Roma em um período de promiscuidade e desmando, mantendo casos amorosos com suas próprias irmãs e deixando as legiões romanas em maus lençóis. Em uma invasão à Bretanha, mudou de idéia na última hora e ordenou que seus legionários “atacassem o mar” e colhessem conchas nas praias da França. As conchas foram levadas para Roma como saques de guerra.
Após a morte de Tibério, Calígula começou a praticar cada vez mais loucuras. Um de seus primeiros atos foi ordenar a morte do primo Tibério Gemellus, seu co-regente. Aos olhos do público, Calígula era um bom imperador, cancelando os exílios e processos de traição instaurados por seu avô, ajudando endividados pelas taxas e sendo um sucessor direto de Augustus e Julius Caesar, filho do bem-amado Germanicus.
As fontes históricas divergem sobre os motivos da loucura de Calígula, colocando em pauta um sem-número de incongruências autocráticas promovidas por ele. A mais conhecida talvez seja a idéia de fazer seu cavalo um membro do Senado e, depois, cônsul. Assim como Tibério, as fontes históricas são escassas, e todas são unânimes em evidenciar a inteligência ímpar do jovem imperador. Para historiadores modernos, Calígula pode não ter enlouquecido, mas perdido o controle sobre seus atos de forma sarcástica. Como um jovem com todo o poder disponível em suas mãos. Talvez tenha deixado seu bom humor reger, clamando para que as classes abaixo dele percebessem a insensatez de depositar tanto poder em apenas uma pessoa.
Os atos incontroláveis dele revelaram a verdade que ainda estava escondida sob o reinado de Tibério: Augusto havia instaurado uma monarquia autocrática, em que o soberano do Império tinha plenos poderes. Para a aristocracia, esse tipo de atitude era imperdoável e extremamente perigosa. A única forma de parar os abusos de um imperador romano seria seu assassinato, coisa que se tornaria praxe depois de Calígula. A vida pregressa de Calígula pode tê-lo ensinado a ver além dos padrões normais, e não foi por acaso que ele foi o único da linhagem a sobreviver. Por isso, sua visão para conspirações era um misto de paranóia e esperteza. O comandante das legiões na Germânia, Gnaeus Lentulus Gaetilicus foi descoberto quando ainda esboçava um motim das legiões contra o imperador. Até então, ninguém sabia ao certo porque o governante fez questão de se deslocar pessoalmente para o norte.
Calígula morreu aos 28 anos, assassinado por Cassius Chaerea, um antigo oficial que servira Germanicus. As razões são obscuras, mas parecem puramente pessoais. A esposa Caesonia e a filha Julia Drusilla também foram assassinadas. Ainda há suspeitas de que Cláudio, o sucessor, tenha desempenhado algum papel na morte do sobrinho. Fato é que Chaerea era oficial da Guarda Pretoriana e que Claudius foi nomeado imperador pela própria Guarda.
CLÁUDIO (41-54)

Nascido Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus, Cláudio mudou seu nome para Tiberius Claudius Nero Caesar Drusus quando assumiu o posto de quarto imperador de Roma. Era um figura ímpar. Gago e coxo desde a infância, a família tentava ao máximo deixá-lo à margem da vida pública. Mas ele foi alçado ao posto de cônsul por Calígula em 37, talvez em mais um sinal de deboche ao Império.
A reclusão favoreceu o lado intelectual de Cláudio, que se tornou um grande historiador. Escreveu 43 livros sobre o Império Romano, 20 sobre o Império Etrusco e outros 8 sobre os cartagineses. O valor real desse esforço nunca poderá ser medido, pois as obras foram perdidas. A falta de sucessores e o torvelinho em que se encontrava a nobreza romana à época levaram Cláudio ao poder. Com a morte de Calígula, assassinado por um membro da Guarda Pretoriana, o Senado ficou de mãos atadas quando a própria Guarda proclamou Cláudio imperador. Essa entrada, por assim dizer, forcada, fez com que o novo imperador não fosse visto com bons olhos por todos.
Esperava-se uma performance pífia e bondosa de Cláudio, mas sua passagem pelo poder teve grandes vitórias. A mais expressiva foi a tomada final da Bretanha em 47, após décadas de combate, domínio romano na ilha duraria mais 350 anos. Cláudio foi o primeiro imperador romano a receber o título de Caesar. Como o título “Imperador” é uma invenção prática de tempos mais contemporâneos, até a ocasião o soberano de Roma era chamado pelo nome ou por um de seus títulos (Pater Patríae, por exemplo). César transformou-se em um título pelo qual os mais altos comandantes da nação romana passaram a ser chamados desde então. Cláudio morreu naturalmente aos 64 anos.
NERO (54-69)

Lucius Domitius Ahenobarbus nasceu em 15 de dezembro de 37, filho de Agrippina, a Jovem, irmã de Calígula, e Gnaeus Domitius Ahenobarbus. Agrippina casaria-se depois com seu tio Cláudio. Adotando o nome de Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus e mais conhecido como Nero, foi o último membro da dinastia Júlio-claudiana. Sua subida ao poder foi uma sucessão de desencontros e mortes prematuras. Quando nasceu, seu tio Calígula regia o Império aos 25 anos e não se esperava que o jovem regente morresse tão cedo, uma vez que seus antecessores haviam chegado perto dos 80 anos.
Segundo historiadores, como Suetonius e Tacitus, as relações íntimas entre Calígula e suas irmãs Drusilla, Agrippina e Julia Livilla, assegurariam a sucessão de seus próprios filhos. Os outros concorrentes ao posto de Augusto eram seus tios por parte de mãe. Com Calígula morrendo sem deixar filhos e expurgando suas irmãs traidoras e outros próximos ao trono, o caminho para Lucius estava aberto. Cláudio trouxe Agrippina e Livilla de volta do exílio, casou-se com a primeira e adotou Lucius sob o nome de Nero Claudius Caesar Drusus.
Aos 17 anos, com a morte de Cláudio, Nero tornou-se o mais jovem imperador de Roma. Os primeiros anos de regência foram expressivos, com o rapaz tendo ao seu lado a mãe e os dois tutores, Sêneca e Burrus. Mas problemas pessoais acabaram por influenciar nos negócios de Estado. Sexo, violência e conspirações seguiram-se. Britannicus foi envenenado, Agrippina foi assassinada, Poppaea tornou-se uma amante influente e Tigellinus voltou do exílio para ser o braço direito de Nero. Sem herdeiros, Nero teve de armar uma fraude para divorciar-se de Octavía e assumir o filho de Poppaea. Em julho de 64, com sua reputação em frangalhos, Nero foi acusado pelo incêndio que consumiu Roma em uma semana.
No ano seguinte, uma conspiração armada por velhos amigos, entre eles o próprio Sêneca, foi descoberta e os envolvidos obrigados a cometer suicídio. Outras execuções sumárias seguiram-se, contribuindo para o dissabor do povo, dos militares e dos senadores. A cada ano, a situação de Nero tornava-se menos sustentável, até que revoltas e motins em territórios, como o Egito, levaram o Senado a depor Nero, que cometeu suicídio em 9 de junho de 68. A balbúrdia iniciada por Nero e a falta de sucessores levaram Roma a outra guerra civil, quando em um período de menos de um ano sucederam-se quatro imperadores.
CRISE: QUATRO IMPERADORES EM UM ANO!
O novo sistema de governo romano já demonstrava sinais de fragilidade desde a subida de Tibério ao poder. A negligência com o Principado e outros preparativos para a sucessão apenas aceleraram o fim da dinastia Júlio-claudiana e, em 68, com o suicídio de Nero, seguiu-se uma guerra civil. A transição da dinastia anterior para a Flaviana foi confusa e teve 3 imperadores nesse hiato, até a posse de Vespasiano. Entre junho de 68 e dezembro de 69, Roma viu três imperadores ambiciosos subirem ao poder para serem depostos ou assassinados logo em seguida. Galba, Otho e Vitellius tentaram assumir o posto máximo, mas o futuro estava nas mãos dos bondosos imperadores flavianos.

Os reais problemas começaram enquanto Nero ainda estava vivo. Suas atitudes favoreceram a ambição de Caius Julius Vindex a liderar uma rebelião para colocar o governador da Hispânia Tarraconensis, Servius Sulpicius Galba, no lugar de Nero. Embora tropas fiéis a Nero na Germânia tenham enfrentado, vencido e matado Vindex, o destino do imperador déspota já estava selado pelo Senado. Caiba foi aclamado imperador. O revés colocou em cheque os comandos dos territórios germânicos que, de uma hora para outra, tornaram-se traidores. Rufus, o comandante da legião germânica, foi retirado do cargo. A situação na Germânia tornou-se insustentável em pouco tempo e mesmo o novo governador Aulus Vitellius, aliado de Galba, não pôde conter a rebelião na Batávia.

Em Roma, Galba provou sertão instável emocionalmente quanto Nero. Seus primeiros atos como soberano foram contra várias benfeitorias anteriores. Promessas não-cumpridas e extorsões rapidamente fizeram de Caiba um imperador malvisto. A rebelião das legiões germânicas culminou na aclamação de Vitellius como imperador. Quando os rumores chegaram a Roma, Galba saiu em desespero pelas ruas convocando a população para ficar a seu lado. O erro foi ter iniciado precipitadamente sua linha sucessória nomeando Lucius Calpu Piso Licianus. Com isso, Marcus Salvius Otho aliou-se à Guarda Pretoriana. Galba foi assassinado no Fórum e, no mesmo dia Otho foi proclamado imperador pelos senadores.

Pouco mais de três meses depois, Otho cometeu suicídio. Seu reinado foi curto porque Vitellius e as legiões da Germânia se dirigiam para Roma. Não eram apenas legiões romanas, mas as melhores e mais respeitadas de todas, com bastante poder político desde os tempos de Tibério. O máximo que Otho pôde fazer foi oferecer-se como pai adotivo de Vitellius. Otho não teve escolha a não ser acabar com a própria vida e deixar o caminho livre p novo imperador.
Em pouquíssimo tempo, Vitellius mostrou-se um completo déspota. Esbanjando as riquezas de Roma com banquetes e comemorações em sua própria homenagem, passou a perseguir qualquer um que cobrasse as despesas e, com as finanças em crise e o juízo claramente afetado, ordenou a morte de credores, de rivais potenciais ao trono e até mesmo de pessoas que haviam colocado o nome do imperador em seus testamentos.
Com tanto desmando em um tempo de delicado equilíbrio político, não demorou para que revoltas se consumassem, principalmente na Judéia, onde Vespasiano foi declarado imperador pelas legiões do Oriente Médio. As legiões do Danúbio tomaram o partido de Vespasiano e marcharam em direção à Itália, cercando a cidade. Vespasiano tomou a Síria e trouxe o Egito para o seu lado. Vitellius foi assassinado e Vespasiano nomeado imperador pelo Senado no dia seguinte, 21 de dezembro de 69.
e um pouco bom para minha pesquisa do 6 ano gostei obrigado
muito bom saber sobre esses imperradores de roma….
amei brigadaaaaaaaaaaaaaaa
vlw tava prescisando para fazer um trabalho da escola que valia nota =)
Não é verdade que o Sumo Pontífice era um titulo na Roma Antiga apenas, como esta escrito no Artigo, reprodução abaixo. Constantino que reinou de 307 a 337 d.C, no ocaso do Imperio Romano, tinha o seguinte título IMPERATUR CESAR FLAVIUS CONSTANTINUS PIUS FELIX INVICTUS AUGUSTUS PONTIFEX MAXIMUS PATER. Augutus Pontifex Maximus Pater. Ou seja DIVINO PAI PONTÍFICE MAXIMO.
“Na Roma Antiga, o termo latino Pontifex Maximus (“Sumo Pontífice”) designava o sumo sacerdote do colégio dos Pontífices, a mais alta dignidade na religião romana. Até 254 a.C., quando um plebeu foi designado para o cargo, somente patrícios podiam ocupá-lo. De início um posto religioso durante a República, foi gradualmente politizado até ser incorporado pelo imperador, a partir de César Augusto. “
vlw pessoal pq essa me ajudo com um dos trabalhos de historia -.-‘
simplesmente maravilhoso,alguns fatos históricos citados que de uma certa forma era por alguns livros execessivamente resumido foram mais abordados.parabéns pelo trabalho.barbosa,são mateus ES.
gostei muito
eu nao gostei desse trabalho horrivel do meu professor luis alberto !!!
adoro ele mais ele passou esse trabalhoo muito ruim…
TRISTE FAZENDO ESSE TRABALHO …………
foi muito útil
para o meu trabalho de história
gostei muito
parabéns
EU GOSTEI o pior q é trabalho de história
muito entereçante gostei
muito bom o trabalho de voces