Parentes problemáticos podem incomodar em qualquer família e entre os poderosos da nobreza isso não é muito diferente. Um dos exemplos mais extremos disso foi Liu Pengli, neto e sobrinho de imperadores chineses da Dinastia Han.

Liu Pengli não era meramente um membro extravagante da família imperial que expunha os parentes a constrangimentos por causa de um comportamento exagerado e escandaloso. Ele era um serial killer. Seu pai, Liu Wu, era irmão do imperador Jing (157-141 a.C.) e regia um dos reinos que constituíam a China. Com a morte de Liu Wu, em 144 a.C., o príncipe Liu Pengli assumiu uma poção do reino, que foi dividido entre seus irmãos.

Antes de governar o próspero distrito de Jidong ninguém imaginava do que ele seria capaz, mas uma vez investido de poder, o nobre começou a adotar hábitos cruéis e sanguinários além de sua condução despótica e autoritária. Uma de suas distrações era a caça, mas em vez de animais selvagens, ele caçava gente. Súditos eram perseguidos por pura diversão e quando capturados eram brutalmente assassinados enquanto Pengli não escondia sua alegria diante da execução da carnificina. Também faziam parte de suas ações os ataques noturnos às residências dos habitantes, que eram saqueados pelos acompanhantes do sádico nobre.

Ele governou durante 23 anos praticando abusos e matando seu próprio povo por prazer, mas finalmente um filho de uma de suas vítimas conseguiu espapar e denunciar ao imperador os desmandos praticados por seu familiar. Os detalhes relatados na denúncia causaram indignação na corte imperial e foi recomendada a execução de Liu Pengli, mas o favorecimento aos poderosos e privilegiados também era prática no império chinês. O imperador decidiu interferir e minimizar a pena, livrando o parente da pena de morte. Liu Pengli foi punido apenas pela destituição do cargo e rebaixamento à condição de plebeu, exilado para província de Shangyong. O imperador Jing aproveitou para incorporar os domínios de Liu Pengli à autoridade exclusiva do império, medida que atendia aos seu propósito de fortalecer a centralização do poder.

Liu Pengli foi denunciado por pelo menos uma centena de assassinatos, mas o número de suas vítimas pode ter sido muito maior.