A Condessa Sangrenta

O famigerado Drácula não foi o único nobre assustador da Transilvânia, pois a região que também se estendia para o atual território húngaro foi berço da condessa Elizabeth Báthory (Erzsébet Báthori, 1560-1614). Nascida em um tempo de guerras e filha de uma família nobre convertida ao protestantismo, a jovem Elizabeth despertou cedo para as artes da tortura quando se encarregava de estabelecer punições severas contra seus servos durante as prolongadas ausências de seu marido, o conde Fenerec Nadasdy, por motivos de guerra. A senhora não poupava nos castigos nem tinha limites quanto a aplicação dos métodos mais cruéis, o que já bastava para criar uma reputação terrível a seu respeito.

Depois da morte de seu marido, a condessa passou a se envolver com conhecimentos e práticas do ocultismo, fatos que aprimoraram suas inclinações violentas. Nesta fase ela passou a realizar assassinatos de camponesas adolescentes e jovens adultas que aram submetidas a torturas extremas antes de morrerem e, ao final de todo esse horror, Elizabeth Báthory costumava se banhar no sangue das vítimas para proporcionar juventude a preservar sua beleza. A condessa não operava este terror sozinha, pois contava com uma rede de cúmplices que dispostos a conseguir vítimas para, literalmente, proporcionar seus banhos de sangue. Alguns relatos afirmam que seus desejos assassinos podem ter matado centenas de vítimas, alfo superior a 600, embora o número exato seja desconhecido.

Suas atividades macabras vieram à tona e, em 1611, Báthory foi presa e julgada. Foram coletados centenas de testemunhos acusatórios contra a condessa, inclusive de alguns de seus cúmplices. No castelo de Báthory foram encontradas diversas contra ela, tais como instrumentos de tortura e, obviamente, vários restos humanos comprovando que o local era utilizado para as práticas criminosas hediondas da nobre assassina.

Embora ela não estivesse presente durante o julgamento, ela foi considerada culpada de vários crimes e condenada à prisão perpétua. No entanto, devido ao seu alto status social, ela foi confinada em seu castelo e mantida em prisão domiciliar e, um local especialmente designado para este fim em vez de ser encarcerada em uma prisão comum. Ela morreu presa em 1614

A precisão histórica dos relatos dos feitos de Elizabeth Báthory ainda é debatida entre historiadores. As histórias sobre os crimes seus foram amplamente difundidas por rumores e escritos sensacionalistas após a sua morte. Alguns argumentam que ela foi vítima de uma conspiração política, enquanto outros acreditam que ela pode ter cometido os crimes, mas a escala e natureza de suas ações foram exageradas.


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