Ciro II ou o Grande nasceu na atual província de Fars, no Irã, aproximadamente em 600 a.C. De linhagem nobre, era filho de Cambises I, rei de Anshan, e de Mandane, filha de Astíages, rei dos medos. Numa versão conhecida sobre seus primeiros anos, o avô Astíages temia que o neto usurpasse seu trono por causa de uma previsão que indicava este desfecho e resolveu eliminar o descendente ainda bebê, mas o encarregado do serviço não cumpriu a ordem e entregou a criança aos cuidados de um pastor que o criou como filho até ser devolvido aos cuidados da família real. Quando herdou o trono do pai, por volta de 559 a.C., Ciro finalmente derrotou Astíages, unificando as coroas dos pesas e dos medos e iniciando o Império Aquemênida.
Sua ousada política expansionista tinha outros alvos territoriais e uma constante atuação militar através de seu poderoso exército acabou ampliando os domínios de Ciro. A Lídia (correspondente aos atuais territórios ocidentais da Turquia), do rei Creso, foi conquistada e forneceu riquezas e acesso ao Mar Egeu. O grande passo seguinte do conquistador imperador persa foi a captura da imponente cidade de Babilônia para controlar vastos domínios mesopotâmicos. Durante a campanha ele libertou os judeus dominados pelos babilônios, permitindo o retorno deste povo para Jerusalém e exercendo sua abordagem de domínio que mantinha as culturas e religiões dos dominados.
O esplendor do império também foi proporcionado por obras públicas estruturais como um avançado sistema de estradas para favorecer o comércio e a integração e a implementação de melhorias no sistema de irrigação para ampliar a produção agrícola. Cidades foram fundadas, destacando a capital Pasárgada. De seu reinado também remonta a considerada primeira declaração de direitos humanos, o Cilindro de Ciro, que contém princípios de liberdade religiosa e garantia da cidadania de povos conquistados, sobretudo os babilônicos.
O fim de seu reinado é incerto, pois persistem versões divergentes registradas por historiadores gregos. Ctesias, que afirmou recorrer a fontes persas, descreve que Ciro morreu pacificamente em seu leito enquanto Heródoto registrou que o imperador morreu em batalha contra os masságetas liderados pela rainha Tomyris motivada por vingança pela morte de seu filho e herdeiro. Seu sucessor foi Cambises II, que continuou sua política de expansão.
Ciro, o Grande, é uma figura citada favoravelmente na Bíblia pelo fim do Cativeiro da Babilônia, conquistou uma reputação respeitada que incluía admiradores como Alexandre.
Referências


[…] eram seminômades que vivias às margens dos domínios dos poderosos persas. O soberano persa Ciro II (ou Ciro, O Grande) decidiu se impor de vez sobre vizinhos aparentemente mais fracos, mas não contou que entre eles […]
[…] Ciro, o Grande […]