O Egito estava sob duro domínio persa até Alexandre, o Grande, conquistar o antigo reino dos faraós em 332 a.C. O imperador macedônio foi consagrado faraó em Mênfis, cumprindo uma tradição que o legitimou diante dos súditos egípcios, mas morreu nove anos depois sem deixar um sucessor direto, resultando na fragmentação de seus domínios que foram divididos entre os Diádocos, generais que disputaram o controle sobre as divisões do império. No caso do Egito coube a Ptolomeu assumir o poder e instituir uma nova dinastia.
Ptolomeu era um homem de origens nobres, tendo obtido uma formação digna de seu status social. Rumores apontavam para a possibilidade de que seu pai fosse o próprio rei macedônio Filipe II, o que faria de Ptolomeu meio-irmão de Alexandre, que conheceu ainda antes da fase adulta quando foram alunos do filósofo Aristóteles. A proximidade com a família real e a amizade com Alexandre ajudaram a trilhar uma segura carreira como general. Como um dos homens de confiança de Alexandre, Ptolomeu participou de batalhas decisivas e esteve presente em importantes momentos na ascensão do Império Macedônico, o que proporcionou ao general um papel de evidente destaque. Durante as Guerras dos Diádocos ele conseguiu garantir seu controle sobre o Egito, região onde ele já exercia a função de governador até finalmente se autoproclamar basileus (rei) em 305 a.C., depois assumindo a atribuição tradicional de faraó e ostentar o título Sóter (salvador), papel de protetor e benfeitor do Egito.
Como o faraó Ptolomeu I Sóter, ele habilmente continuou os planos de Alexandre de promover o helenismo, massificação da cultura grega em sintonia com as diferenças culturais e tradições egípcias e até um novo culto com o propósito integrativo foi introduzido em torno do deus Sérapis, entidade que sintetizava aspectos greco-egípcios. Alexandria passou a ser a capital do Egito, cidade que se tornou um importante centro para atividades mercantis, e o reino passou por importantes reformas administrativas que ajudaram a impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento. Homem culto que também era historiador (autor de uma obra de referência sobre as conquistas de Alexandre), ele se empenhou em proporcionar na capital um ambiente atrativo para artistas e intelectuais, acolhendo o projeto da construção da futura e gloriosa Biblioteca de Alexandria, obra consumada após seu reinado e que virou uma instituição precursora das universidades.
O fundador da Dinastia Ptolomaica teve três casamentos, sendo dois deles motivados por razões de estratégia e aliança política, mas sua rainha foi Berenice I, nobre macedônica que foi mãe de seus filhos, incluindo seu sucessor Ptolomeu II Filadelfo, que foi cuidadosamente preparado para assumir o trono. Ptolomeu I Sóter morreu em 282 a.C. aos 85 anos de idade. A dinastia acabou em 30 a.C. por ocasião da morte de Cleópatra VII, a última e mais famosa representante da linhagem macedônica no trono egípcio.
Referências:


[…] comunidade judaica e uma elite de ascendência grega estabelecida pela dinastia fundada por Ptolomeu I Sóter. Desde os tempos do imperador Augusto, após a derrota de Cleópatra VII, o Egito foi integrado ao […]
[…] Pouco se sabe com exatidão sobre a origem de Zenóbia. Sua ascendência nobre é quase certa, mas a ancestralidade da rainha é cercada por mistérios. A identidade de seu pai é incerta, mas ela pode ser descendente de uma linhagem real selêucida do lado paterno. Outras especulações apontam que ela poderia até ser descendente de Cleópatra, herdeira da Dinastia Ptolomaica fundada por Ptolomeu I. […]
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[…] morte de Alexandre, seu amigo de infância e general Ptolomeu assumiu o Egito como sucessor faraó Ptolomeu I Sóter e então iniciou a dinastia. Os Ptolomeus foram conhecidos por não manter relações de casamentos […]