Hoplitas, os soldados da Grécia Antiga

(Representação visual gerada pela IA DALL-E)

No universo dos grandes grupos combatentes da história os soldados hoplitas merecem destaque. Esta temível força militar da Grécia Antiga esteve presente em batalhas memoráveis fizeram justa a fama de guerreiros disciplinados e habilidosos.

O termo “hoplita” é derivado de “hoplon”, designação do escudo redondo e pesado utilizado por estes combatentes, que também eram equipados por uma lança, uma espada para combate corpo a corpo, capacete de bronze, proteção peitoral (couraça) e grevas (proteções das pernas). A origem exata dos hoplitas é indefinida, pois faziam parte das forças de diversas cidades-estados gregas, mas foram muito associados à Esparta, na região do Peloponeso a partir do século VIII a.C. Os espartanos constituíram uma sociedade militarizada com combatentes dedicados ao ofício da guerra, recebendo um treinamento duro e eficaz nas artes do combate e no manejo das armas.

Uma das características da ação dos hoplitas era a falange, uma formação de atuação coletiva que compactava o grupo de soldados alinhados formando uma verdadeira fortaleza móvel de guerreiros. Agrupados desta maneira, os soldados asseguravam maior proteção individual enquanto se convertiam em um bloco de ataque difícil de ser contido. Outra vantagem era a eficiência tática representada pelas unidades de combate, que também operavam através de comandos mais articulados para a execução de suas ações durante o confronto. Este modelo acabou se difundindo entre as póleis e virou uma referência militar da Grécia, utilizada contra inimigos externos e também nos confrontos entre os próprios gregos.

Ser um hoplita era motivo de honra e lutar por sua cidade era um dever cumprido com dedicação e até sacrifício. Para ser um hoplita era necessário ter o status de cidadão, condição que não era estendida a todos os habitantes das póleis. Quando o hoplita não era um guerreiro dedicado exclusivamente à atividade militar, poderia ser um cidadão livre que exercia uma profissão civil. Geralmente era preciso bancar o próprio equipamento utilizado, que não era nada barato para os meios da população, então prevalecia uma restrição social e econômica marcante na composição desta força de guerra. Ser um hoplita também proporcionava determinadas condições de cidadania e em Atenas, por exemplo, isso definia o direito de de participar da Eclésia, a assembleia dos cidadãos. Em Esparta os hoplitas eram a base de sustentação da sociedade.

Estes soldados disciplinados e táticos acabaram servindo de modelos ou exemplos inspiradores para outros povos. O macedônio Alexandre, o Grande, empregou as falanges de características hoplitas em seu exército com adaptações para novas necessidades e abordagens. Os romanos desenvolveram sua própria marca militar através das legiões, mas as influências das abordagens dos hoplitas estavam presentes em sua poderosa estrutura de guerra. Mesmo os inimigos, como os persas, assimilaram as táticas da ação compactada de grupos de soldados treinados para agir de forma coordenada como uma unidade.

Os hoplitas representaram uma grande inovação nos cenários de guerra.

(Representação visual gerada pela IA Mage)