A Civilização Romana foi uma das mais influentes na história do Ocidente, deixando um legado marcante sobre diversos povos e culturas. A partir de sua fase monárquica (753 – 509 a.C.), os romanos iniciaram um processo de conquistas e formação de uma sociedade vigorosa, fortalecida durante a fase republicana (509 – 27 a.C.) e consolidada durante significativa parte da fase do império (27 a.C. – 476 d.C.).
Durante o Império Romano, quando prevaleceu o Principado (27 a.C – 284 d.C), Roma conheceu seu apogeu, apesar de crises e instabilidade. Nesta fase o poder era exercido pelo imperador, na posição de “Princeps”, ou seja, “Primeiro Cidadão”, papel de notável relevância e enorme autoridade. No império Roma mantinha aspectos institucionais que, de certa forma, fundiam elementos da monarquia e da república, numa combinação na qual o imperador exercia praticamente poderes de um rei, apesar da existência das magistraturas republicanas e do Senado. O império não adotou a hereditariedade como meio de sucessão, embora a houvesse a tendência de continuidade familiar na transmissão do poder imperial, assim pode-se notar no decorrer do Principado a ocorrência das dinastias Julio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.), Flaviana (69 – 96 d.C.) e Dinastia Severa (193 – 235 d.C.).
A Dinastia Julio-Claudiana teve início a partir do processo sucessório de Augusto, o primeiro imperador romano, representante a família Juliana. Não tendo opção de indicar um descendente direto à sua sucessão, adotou o general Tibério, representante da proeminente família dos Cláudios, proporcionando a formalização de uma aliança política entre as duas famílias de tradicionais e antigas relações com o poder.
Os imperadores Julio-Claudianos foram muito importantes para o estabelecimento do império. Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) realizou a transição da república para o império e implementou as bases para o funcionamento do novo regime. Adotado por seu antecessor, Tibério (14 – 37 d.C.) demonstrou grandes habilidades como administrador assim como impôs ao império os riscos do comando de uma pessoa instável. Calígula (37 – 41 d.C.) foi o primeiro grande tirano no poder do Império Romano, desafiando os limites da instituição que representou. Cláudio (41 – 54 d.C.) trouxe de volta a boa gestão pública para o comando imperial, dando início a uma nova fase de conquistas. Nero (54 – 68 d.C.) foi o último representante da dinastia, tendo um governo marcado pela tirania e pelos excessos que levaram Roma a uma situação crítica de guerra interna.
Os Imperadores
Confira as biografias publicadas em HistóriaBlog
Augusto
O primeiro imperador de Roma foi proclamado em 27. a. C. após vencer Marco Antônio e Cleópatra. Promoveu reformas administrativas, jurídicas e militares, que estabilizaram e expandiram seus domínios, iniciando a Pax Romana. Augusto também promoveu a cultura e melhorou a infraestrutura de Roma, deixando um legado duradouro como um dos maiores governantes de Roma.
Tibério
General que preferia a vida vida militar, foi relutante em assumir o poder. Achava as tramas políticas desagradáveis e com o tempo tornou-se paranoico e isolado com receio de conspirações.
Calígula
Inicialmente carismático, ele logo se transformou em um tirano. Seu governo foi muito influenciado por sua personalidade instável e escandalosa. Contudo, sua imagem de louco e cruel pode ter sido exagerada por seus detratores.
Cláudio
Ele não era cogitado como sucessor, mas se tornou imperador mesmo assim. Se destacou como um estudioso e administrador eficiente, implementou reformas administrativas e judiciais, além de conquistas militares, como a invasão da Britânia. Sua vida pessoal foi marcada por manipulações e tragédias.
Nero
Era um amante das artes, mas também conhecido por sua crueldade, incluindo a perseguição aos cristãos e o assassinato de familiares. Sua gestão errática e despótica levou a revoltas e ao fim da dinastia Júlio-Claudiana.
Mulheres e o poder
Figuras femininas notáveis que também influenciaram o curso da história durante a primeira dinasstias imperial de Roma:









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