Roma evoluiu de uma monarquia para uma república e então para um império que tinha uma estrutura complexa que conciliava características republicanas e monárquicas. O fundador do Império Romano foi Augusto, que governou com tal status ao longo de 41 anos, de 27 a.C. até 14 d.C.
Nascido Caio Otávio Turino (Gaius Octavius Thurinus) em 63 a.C., membro de uma rica família patrícia, ele era sobrinho-neto de Júlio César. Sua mãe, Ácia, era sobrinha do poderoso general e governante e, apesar de seu parentesco não ser de descendência, Caio foi adotado por César em testamento, passando a se chamar Caio Júlio César Otaviano (Gaius Julius Caesar Octavianus). O ato de adoção fez dele herdeiro de Júlio César, fortalecendo muito sua posição política e abrindo portas para uma posição decisiva nas instâncias de poder de Roma, além de proporcionar vínculos e alianças muito fortes.
Aos 18 anos, o jovem Caio demonstrava que também herdou a habilidade política de César, sabendo lidar com as complicadas teias da articulação política romana. Ele foi capaz de manter a lealdade de muitos seguidores de seu tio-avô e ingressou na formação do Segundo Triunvirato, ao lado do general Marco Antônio e de Marco Emílio Lépido. o triunvirato era uma aliança política e administrativa estabelecida como resposta à crise causada pelo assassinato de César e a participação de seu sucessor era um importante fator de legitimidade para esta união que foi reconhecida pelo Senado.
Conforme a divisão de poderes, Otaviano ficou com o controle do Ocidente, Marco Antônio do Oriente, e Lépido da África, mas a atuação de seus líderes deixou de ser guiada por objetivos em comum, o que proporcionou uma disputa por poder entre o herdeiro legal de César e o general Marco Antônio, que também se considerava sucessor do grande líder por ter sido um de seus principais generais e usou sua influência sobre as tropas para conquistar a posição que reivindicava. As diferenças entre ambos culminaram em guerra e Otaviano reuniu suas tropas e foi combater Marco Antônio e sua aliada e nova esposa, a rainha Cleópatra, do Egito. Em 31 a.C. Otaviano conseguiu vencer e voltou para Roma triunfante por ter imposto um fim à divisão de poder e pela conquista do Egito com o saque de valiosos tesouros e estoques de grãos.
A vitória proporcionou a condição incontestável de sua liderança e um reconhecimento tão elevado que ele foi progressivamente acumulando poderes e títulos, culminando com a concessão pelo Senado do título de Augustus (“venerável”) em 27 a.C. Assim, o líder romano atingiu um status sem precedentes e foi reconhecido como primeiro imperador, passando a se chamar Caio Júlio César Otaviano Augusto (Gaius Julius Caesar Octavianus Augustus).
Augusto foi um dos principais governantes da Antiguidade e o mais celebrado imperador de Roma. Ele conseguiu imprimir uma sólida condição de desenvolvimento e prosperidade conhecida como Pax Romana ou Paz Augusta, reformulou o Estado para a nova condição institucional, desenvolveu o sistema jurídico, profissionalizou o funcionamento e gestão das atividades públicas, reorganizou os governos provinciais, aprimorou o exército como entidade permanente e importante e sustentáculo do império, fortaleceu as defesas fronteiriças do território, criou a Guarda Pretoriana, proporcionou uma ampla reforma legal, instituiu serviços como força policial, corpo de bombeiros, fez importantes ajustes para fazer de Roma uma potência comercial e aprimorou a máquina de arrecadação tributária. Foi um grande construtor e atribui-se a ele a observação de que antes de suas ações encontrou uma capital de tijolos e fez dela uma cidade de mármore. Também promoveu a arte e o conhecimento, fazendo de Roma um importante centro cultural.
Com o passar do tempo e consolidação de um legado importante foi sendo evidenciada uma situação sucessória delicada. Augusto teve três casamentos: O primeiro com Clódia Pulcra, relação que durou pouco tempo em sua juventude, depois se casou com Escrepônia, com quem teve sua única filha, Júlia, e seu casamento mais duradouro foi com Lívia Drusa, que já tinha dois filhos, Tibério e Druso. Sua filha teve casamentos arranjados para finalidades políticas e teve os filhos Caio e Lúcio César, que passaram logo à condição de sucessores legítimos do imperador, mas os meninos morreram e encerram a continuidade dinástica entre seus descendentes. A solução para a sucessão foi encontrada na adoção do enteado Tibério, que tinha uma sólida carreira militar, mas já era casado e não tinha interesse inicial pela ideia de ser imperador. Foi estipulado um casamento entre Tibério e Júlia para selar a sucessão mesmo não havendo uma regra legal sobre hereditariedade na transmissão do poder. Esta união marcou o estabelecimento da Dinastia Julio-Cladiana, união de entre as poderosas gens Julia e Claudia.
Augusto morreu em 14. d.C. aos 75 anos de idade e deixou como legado a base de um império poderoso de instituições firmes.


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