Bandeiras exóticas e curiosas

Uma bandeira não é um mero pano colorido em formato geométrico tremulando ao vento. É um símbolo de identidade que transcende ao aspecto material e estético de sua composição ou ao uso prático para sinalizar a associação a algum espaço e comunicação visual. Uma bandeira pode despertar sentimentos, evocar tradições e inflamar ideologias, sendo capaz de figurar como um símbolo muito poderoso.

Os usos de símbolos de identificação são muito antigos. No Egito, estandartes e emblemas eram usados para identificar divindades e regiões. Em Roma e na Grécia, os exércitos usavam signas (insígnias) e vexilla (bandeiras) para organizar unidades e comunicar no campo de batalha. Na China, os registros mais antigos de bandeiras datam da dinastia Zhou (1046–256 a.C.). Bandeiras e estandartes eram usados para simbolizar a autoridade do governante e para fins cerimoniais.

Posteriormente o emprego das bandeiras foi tomando significados ainda mais marcantes e identitários, associadas a povos e nações, frequentemente inflamando orgulho e disposição nos campos de batalha. Nobres e cavaleiros medievais também exibiam suas próprias bandeiras ou brasões de armas por afirmação e para estabelecer vínculos e enquanto as nações modernas começaram a se formar, a criação e a adoção de bandeiras nacionais tornaram-se um elemento forte de expressão da identidade nacional e soberania. As bandeiras cívicas podem apresentar símbolos ou cores específicas que têm significado para a comunidade que representam, sendo nacionais ou regionais.

A composição das bandeiras também é impregnada de significados, pois pode remeter a outros elementos simbólicos, a exemplo dos brasões que frequentemente fazem parte delas e de uma variedade de aspectos representativos dotados de significados históricos, emotivos, políticos, filosóficos e religiosos. O design de uma bandeira é o resultado de um completo exercício de criação repleto de fatores que vão muito além do visual.

Com a vasta disponibilidade de bandeiras atuais e de inúmeras que viraram história e não ocupam mais seus lugares como símbolos representativos, diversas delas possuem visuais curiosos. Confira alguns exemplos abaixo.

Comunidade Autônoma de Aragão
Sicília (Itália)
Kalmykia, Rússia (única região budista da Europa)
Vêneto (Itália)
Ilha Christmas (Austrália)
Mari El (uma divisão da Federação Russa)
Pereira (Colômbia)
Ceuta (cidade espanhola no norte da África, apesar do brasão português)
Dnipropetrovsk Oblast (província da Ucrânia)
República de Veneza (697-1797)
Moçambique
Antuérpia
Nepal
Frísia (província dos Países Baixos)
Emirado do Norte do Cáucaso
África Ocidental
Suazilândia
Ilha de Man
Reino da Irlanda (1542-1801)
Burma (1752-1885)
Austrália (1806)
Reino das Duas Sicílias (1816-1848; 1849-1860)
Sião (1817-1855)
Colômbia (1819-1820)
Peru (1821-1822)
Bandeira mercante da Suécia (1844-1905)
Taiwan (1895)
África do Sul (1912-1928)
África do Sul (1928-1994)
China (1912-1928)
Camboja ocupado pelo Japão
Eritreia (1952-1962)
Bandeira Republicana da Espanha (1931-1939)
Estônia (1953-1990)
Sudão Francês
Colúmbia Britânica (Canadá)
Burundi (1962-1966)
Ilha Gozo (Malta)
Papua Nova Guiné (1965-1970)
Papua Nova Guiné (1965-1970)