Que fim levou o imperador Valeriano?

Representação visual gerada pela IA Midjourney

Públio Licínio Valeriano teve atuação como senador, cônsul e co-imperador ao lado de Décio até ser proclamado imperador depois de uma caótica crise de poder após a morte de Décio em batalha e dos sucessivos assassinatos dos sucessores Treboniano Galo, Hostiliano, Volusiano e Emiliano. Valeriano foi coroado em 253 em um cenário de fragilidade e designou seu filho Galieno como corregente administrando a poção ocidental do império e então passou a se dedicar aos problemas do lado oriental, que estava sob ameaça do Império Persa, liderado pelo rei Sapor I, da dinastia dos Sassânidas.


Logo no início do reinado Valeriano deixou Roma para nunca mais voltar, pois foi enfrentar os persas e também os cristãos que encontrava em seu caminho dentro do território romano. Depois de bastante tempo lutando contra a ameaça exterior, a missão do imperador acabou não sendo bem-sucedida contra os persas, pois no final de 259 sofreu uma derrota catastrófica que arruinou suas tropas e resultou na queda do imperador nas mãos dos inimigos na condição de prisioneiro. O cativeiro e morte de Valeriano são episódios cheios de hipóteses.
Há relatos que dão conta de que a humilhação romana a partir da derrota continuou através do tratamento recebido pelo imperador cativo. Autores romanos relataram que Valeriano foi escravizado em condições vexatórias, sendo obrigado a ficar agachado para que Sapor I pisasse sobre o romano que era utilizado como apoio ou degrau para o persa montar sem seu cavalo. A morte do imperador romano também é sujeita a macabras especulações de que teve ouro derretido derramado no rosto ou um ato ainda mais bizarro, sendo decapitado, esfolado e seu corpo empalhado foi transformado numa mobília muito macabra.


Contrariando estas escandalosas possibilidades, existem as versões de que Valeriano passou o resto de sua vida como uma espécie de prisioneiro de luxo, tendo sua integridade preservada e respeitada e cercado de cuidados.


Mas um fato que independe das duas versões do destino final de Valeriano é que a derrota foi crítica e indicou que Roma não era invencível.