Vlad III, “o Empalador” – príncipe da Valáquia, o Drácula original

representação visual gerada com a IA Midjourney

Nascido em 1431 na Transilvânia, que faz parte da atual Romênia, era filho de Vlad II, que utilizava o epíteto (nome que associa a um título) Dracul, que significa “Dragão”, adotou então nome Dracula em referência ao pai (pois Drácula significa “filho de Dracul”). Sua primeira experiência como regente foi em 1448, mas durou apenas 2 meses, pois foi logo destronado em um contexto turbulento de disputas políticas e regionais. Passou os oito anos seguintes lutando para retomar seu lugar até conseguir e foi durante esse segundo período de governo que ele cometeu as atrocidades pelas quais ficou mais conhecido, num governo que durou de 1456 a 1462. Por sua semelhança física com o pai, muitas pessoas acreditavam que Vlad III era o próprio Vlad II intocado pelo tempo – surgindo então lendas sobre sua imortalidade. Os hábitos do príncipe ajudavam a incrementar sua fama obscura. Era conhecida sua rotina de apreciar refeições diante de estacas com os cadáveres de opositores e inimigos de guerra executados por empalamento diante se seu castelo sombrio entre montanhas (o lugar que também já tinha fama de amaldiçoado e assombrado). Vlad III morreu em combate 1476 defendendo seus domínios dos invasores turcos, teve sua cabeça decepada e levada para ser exposta em Constantinopla, mas seu corpo foi sepultado em uma ilhota perto de Bucareste, atual capital romena – embora escavações arqueológicas não tenham localizado seus restos mortais no lugar indicado, o que aumenta o tom de mistério em torno de Vlad III. Inspirado no Príncipe da Valáquia, o escritor irlandês Bram Stoker criou a obra clássica de terror “Drácula”, publicada pela primeira vez em 1897. Vlad III é uma figura controversa, com alguns historiadores vendo-o como um herói que defendeu seu país contra invasores estrangeiros, enquanto outros o veem como um governante cruel e violento que cometeu atrocidades contra seu próprio povo.

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