O sapateiro que decidiu morrer crucificado

Em 1805 o sapateiro Mattio Lovat resolveu se autocrucificar em sua casa em Veneza. Ele preparou uma cruz preventivamente dotada de uma rede para assegurar que seu corpo não iria despencar dela, deu um jeito de cravar um prego em sua mão direita, conseguindo também cravar um espeto em seus pés. Para transformar o martírio num ato público, amarrou-se numa corda presa a uma viga da casa e deu um jeito de ir se movendo – apesar de todos os ferimentos – até a janela, de onde caiu com a cruz. Depois de cair ele ainda tentou sem sucesso fixar a outra mão na cruz, pois já havia preparado a perfuração dela antes de se jogar. Diante do espetáculo espantoso, as pessoas que testemunharam a cena trataram de impedir a consumação final do sacrifício e tiraram Mattio da cruz. Ele foi imediatamente levado a um hospital e sobreviveu… mas não por muito tempo. Ele foi internado num asilo e lá decidiu cumprir o sacrifício com uma greve de fome que foi fatal. A única justificativa para sua crucificação que deu para sua crucificação foi a seguinte: “O orgulho do homem deve ser mortificado, deve expirar na cruz”.

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