Malunguinho foi o mais famoso líder do Quilombo do Catucá, foco de resistência situado nas proximidades de Recife, formado por volta de 1817 e persistindo ativo até a década de 1830. Catucá não era um quilombo isolado e mantinha rerações com áreas e comunidades próximas, favorecido até por meios de abastecimento.
O nome “Malunguinho”, derivado de “malungo” (que significa “companheiro”), virou sinônimo de terror por parte das autoridades, que ofereceram até recompensa pela captura do quilombola conhecido como tal. Figura reconhecida pelos demais membros de sua comunidade do exercício do comando militar e estratégico, pelo exercício da chefia social entre os seus e até pela inspiração mística, era taxado como bandido perigoso pelo centro do poder político e por proprietários.
As informações biográficas a respeito de Malunguinho escapam dos registros históricos pormenorizados e sua figura assume certo caráter lendário, sobretudo quando sua fama acabou indo além de sua habilidade de líder, guerreiro ou estorvo para o governo, pois transcendeu para o nível religioso.
Não se sabe como ou quando o indivíduo Malunguinho morreu, mas sua existência tomou forma no culto da Jurema, tradição afro-indígena de variadas influências e elementos. O quilombola virou entidade sobrenatural, um mestre protetor invocado diante de necessidades.
Referências:
HistóriaBlog 