Jerônimo de Albuquerque, o Adão Pernambucano

Jerônimo de Albuquerque (1510-1584) desempenhou um papel fundamental na história da Capitania de Pernambuco durante o período colonial brasileiro. Ele chegou ao Brasil em 1535, junto com sua irmã Brites Coelho e o marido dela, Duarte Coelho, o donatário da capitania. Desde o início Jerônimo mostrou habilidades de liderança e diplomacia ao buscar a paz com os povos indígenas. Ele estabeleceu uniões matrimoniais com mulheres indígenas, incluindo Muira-Ubi, da tribo tabajara, que se tornou conhecida como Maria do Espírito Santo Arcoverde. Essas alianças matrimoniais ajudaram a fortalecer os laços entre os colonos e os indígenas e contribuíram para a pacificação da região. Apesar disso, as relações com os indígenas nem sempre foram harmoniosas. Durante conflitos sangrentos, Jerônimo foi ferido no olho por uma flecha, o que lhe rendeu o apelido de “o torto”. Ele também adotou táticas de guerra questionáveis, como aprisionar alguns chefes indígenas e até mesmo executá-los de maneiras brutais.

Além de suas uniões indígenas, Jerônimo se casou com Felipa de Melo, por ordem da rainha Catarina de Portugal, em 1562, e teve uma dúzia de filhos com ela. Ao todo, ele deixou um grande número de descendentes, sendo reconhecidos 36 filhos. Sua fertilidade impressionante rendeu a situação de ser conhecido como o “Adão Pernambucano”.


Representação visual gerada pela IA Midjourney

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