Pedro Abelardo (Pierre Abélard,1079-1142) era um filósofo, teólogo e professor francês, enquanto Heloísa de Argenteuil (Héloïse d’Argenteuil,1101-1164) era sua aluna e posteriormente sua amante. Abelardo se destacou como um pensador influente da época, principalmente na área da lógica. Ele era conhecido por sua habilidade de debate e sua abordagem inovadora no ensino e na disseminação do conhecimento. Heloísa, por sua vez, era uma jovem muito inteligente e bem-educada, que se destacava em seus estudos.
O romance começou quando Abelardo se tornou o professor de Heloísa, por volta de 1115. Eles se apaixonaram e começaram um relacionamento amoroso às escondidas, sobretudo por receio de que o caso viesse ao conhecimento do tio e tutor da moça, Fulberto. Heloísa engravidou e com isso foi necessária a celebração de um casamento em segredo, porém a situação foi logo exposta, levando Fulberto a enviar homens para castrar Abelardo como punição pela suposta desonra. Envergonhado pelo desfecho dramático, Abelardo retirou-se da vida pública e virou monge. Heloísa, por sua vez, entrou para um convento. Os dois estavam com suas reputações maculadas. Com o passar do tempo as pressões sobre ambos diminuíram e dez anos depois da separação voltaram a manter contato, dessa vez através de uma intensa troca de cartas que durou até pouco antes da morte de Abelardo.
As cartas de Abelardo e Heloísa são consideradas obras literárias significativas e uma fonte de inspiração para poetas, escritores e artistas ao longo dos séculos. Elas retratam o amor intenso, a dor da separação e questões filosóficas e teológicas debatidas entre eles, que possuíam perspectivas diferentes a respeito dos desígnios divinos sobre os destinos das pessoas.
O casal só foi reunido no cemitério, pois Heloísa foi sepultada ao lado de Abelardo.
Representação visual por IA (Midjourney)


[…] Abelardo e Heloísa, uma história de amor medieval […]