Maria Antonieta: Do luxo à guilhotina

(Representação visual gerada pelas IAs Mage e Leonardo)

A rainha Maria Antonieta (Maria Antonia Josepha Joanna von Österreich-Lothringen) é uma das figuras históricas que mais capturam a imaginação das pessoas na atualidade. Nascida em 2 de novembro de 1755, a filha mais nova do imperador da Áustria Francisco I e da imperatriz Maria Teresa, foi criada na opulência luxuosa da corte e desde cedo instruída na etiqueta da alta nobreza e habilidades sociais sob a supervisão da mãe, uma das mais refinadas personalidades da realiza europeia.

A aliança entre a Áustria e a França era uma realização estratégica e um casamento era uma forma de promover um acordo entre as duas coroas, assim a encantadora princesa austríaca de, 14 anos, e o delfim francês, aos 15, tiveram uma união negociada pela diplomacia sem sequer se conhecerem e acabaram casando-se por procuração em Viena, no mês de abril de 1770. Maria Antonieta chegou finalmente em Versalhes e enquanto se ambientava na nova corte já começou a ser pressionada para engravidar e proporcionar a continuidade dinástica francesa, no entanto, somente em 1778 teve sua primeira filha, a princesa Marie-Thérèse Charlotte. Depois vieram Louis-Joseph, que herdou a condição de delfim até morrer aos 8 anos de idade, Louis-Charles, que passou a ser o herdeiro após o falecimento do irmão e, finalmente, Sophie Hélène Béatrix, que faleceu antes de seu primeiro aniversário.

O cotidiano em Versalhes era marcado pelos rituais da corte, por atividades de distração como a música, os banquetes e bailes, pelo desfrute de seus gostos por moda, artes, jardinagem e leituras. Ela tinha um refúgio em Versailhes chamado de Petit Trianon, onde costumava relaxar afastada da multidão que frequentava o palácio. Resguardada em seu pequeno palácio íntimo, ela servida por seus serviçais pessoais de confiança e recebia os amigos mais próximos, incluindo o conde Axel von Fersen, tido como seu amante e especulativo pai da pequena Sophie, filha caçula da rainha.

A vida de pequenos e grandes prazeres da rainha foi radicalmente abalada quando eclodiu a revolução. Figura impopular, ela foi pessoalmente marcada como símbolo da crise social. Retratada como uma estrangeira fútil e alheia às condições do povo, era alvo de insultos e difamação corriqueiras e seu estilo de vida em meio ao luxo rendeu-lhe o apelido de “Madame Déficit”. Quando ela caiu nas mãos dos revolucionários que proclamaram a república, ela foi presa e submetida a um julgamento parcial e orquestrado depois da execução de Luís XVI. As acusações incluíam a prática de orgias e até relação incestuosa com o príncipe Louis Charles, pressionado e torturado física e psicologicamente. A rainha foi executada na guilhotina em 16 de outubro de 1793, aos 37 anos de idade, com seu corpo depositado numa vala comum sem um funeral.  


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