Em entrevista, a chinesa comenta seu livro autobiográfico lançado no Brasil: “A Garota da Fábrica de Armas”. Lijia Zhang é jornalista, vive em Beijing, a capital da China, e colabora com os principais jornais ingleses e americanos. Porém, na juventude, trabalhou em uma fábrica de armas e vivia sufocada por um regime ditatorial dentro do ambiente de trabalho, onde o Estado chega ao cúmulo de ter inspetoras dentro das empresas que conferiam o sangue menstrual das trabalhadoras para comprovar que não estavam grávidas. “Daí recebíamos um pacote de absorventes. Eles nos faziam acreditar isso era fruto de uma preocupação do Estado Socialista com o bem estar das mulheres, mas na verdade era parte de um rígido controle de planejamento familiar”, conta Zhang, que foi entrevistada pela repórter Elizabeth Carvalho, em passagem pelo Brasil para o lançamento do livro autobiográfico “A Garota da Fábrica de Armas”, cujo título em inglês é: “Socialism is Great!” (em tradução livre: “Socialismo é ótimo!”).